The Candy Words: O Verdadeiro Sucesso

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

O Verdadeiro Sucesso

Todo mundo que acompanha o trabalho da Rainha Pop, sabe que depois do inquestionável sucesso de "Ray of Light" em 1998 e seus singles "Frozen", "Ray of Light" e "Drowned World"; "Confessions On a Dance Floor" de 2005 é uma obra que irá marcar a carreira dela para sempre, pois é o álbum de maior repercussão no mundo até hoje.

E sua última turnê, "The Confessions Tour", encerrada em 21 de Setembro de 2006 no Tokyo Dome, Japão; não ficou atrás. Foi com ela que Madonna atinge a marca de ser a artista mulher cuja turnê mais faturou em toda a história da música mundial, segundo o site da revista Billboard.

Segundo o produtor da turnê, Arthur Fogel, em um balanço geral, ele afirma que mais de 1,2 milhões de pessoas assistiram aos 60 shows entre Maio (na estréia da turnê em Los Angeles) e Setembro de 2006 (em seu encerramento na cidade de Tokyo). Com esse público, Madonna ultrapassa Cher; que faturou US$192,5 milhões durante a turnê "Farewell", que teve a duração de 4 anos, em 273 shows; e arrecada em torno US$193,7 milhões em 4 meses (que contraste!)

E ainda de acordo com a mesma revista, em seis anos de diversas turnês e inúmeros shows, Madonna vendeu mais de US$400 milhões em ingressos e passou por mais de 100 lugares diferentes.

Um comentário:

Vanessa Borella da Ross disse...: Aê isso é que é fã.; 3 de outubro de 2007 às 20:50

Postar um comentário

Assinar: Postar comentários (Atom)

Ficha técnica:

Produção: Madonna, Timbaland, Pharrell Williams, Justin Timberlake e Danja.

Lançado em 28 de Abril de 2008.

Faixas:

01. Candy Shop
02. 4 Minutes
03. Give It 2 Me
04. Heartbeat
05. Miles Away
06. She's Not Me
07. Incredible
08. Beat Goes On
09. Dance 2night
10. Spanish Lesson
11. Devil Wouldn't Recognize You
12. Voices
13. Ring My Bell*

*lançado apenas na edição japonesa do álbum.

Rewiew:

Lançado mundialmente no dia 28 de Abril, o 11° disco de estúdio de Madonna, marca o fim do contrato de 25 anos com a Warner, gravadora onde esteve desde o início de sua carreira.

Esperado desde o segundo semestre de 2007, Hard Candy já teve diversos nomes anunciados pela mídia, que especulava informãções sobre os trabalhos, vamos lembrar...
"Licorice", "Conextion", "Candy Store"...entre outros.

Desde o início, quando divulgadas as primeiras informações sobre o novo álbum, muitos foram os equívocos e muito se falou sobre Madonna, inclusive que este seria o último trabalho da Rainha Pop. E ela que fez de tudo para manter inéditas todas as faixas do disco, teve duas canções espalhadas pela web antes mesmo de estarem prontas, "The Beat Goes On" e "Candy Shop", sendo que a segunda não sofreu alterações em sua pós-produção.

Em seu novo trabalho, Madonna nunca foi tão Madonna! Pois buscando inspiração em ritmos que marcaram sua carreira, ela pôde criar uma forte mistura com ritmos R&B, Hip Hop e disco, como se desse continuidade ao grande sucesso que foi "Confessions On A Dance Floor", seu antecessor. Criando ou reforçando ainda mais seu estilo camaleoa de ser.
Em muitas de suas declarações, Madonna disse estar em busca de ritmos atuais e não tão novos, no entanto ela sempre consegue trazer uma ponta de inovação e criatividade!

Na tão esperada data de lançamento de seu primeiro single "4 Minutes" enorme foi a repercussão, que de tão grande, hoje após cinco semanas, o hit permanece no 1° lugar no top 10 dos Estados Unidos. Lembrando que "Hung Up" esteve por quatro semanas nesta posição dos charts e "Die Another Day" por duas. "4 Minutres" representa o maior sucesso de Madonna nos últimos 10 anos. E para comemorar a marca de 1 milhão de downloads pagos do single, Madonna realizou no último dia 30 de Abril um show gratuíto em Nova York, no Roseland Ballroom, para 2 mil pessoas como forma de agradecer aos fãs por tamanho sucesso.

Por hora, Hard Candy é disco de platina e vendeu no primeiro dia de lançamento cerca de 120 mil cópias nas teras do Tio Sam, o que de início pode assustar, pois American Life (considerado o pior trabalho da cantora) vendeu 142 mil cópias na primeira semana... mas devemos lembrar que isso não representa fracasso, em vista de que muitos foram os lançamentos feitos que tiveram baixa vendagem na primeira semana, fato que pode melhorar ou piorar de acordo como é levado o trabalho de divulgação do disco.

Vale lembrar que na manhã do dia 3 de Maio, a própria Madonna confirmou o início de sua nova turnê mundial com estréia entre Setembro e Dezembro deste ano. E que deverá incluir no roteiro, países que a muito tempo não recebem a visita da PopStar. Como nenhuma lista até agora foi divulgada, todos os fãs estão ansiosos, já que o que foi revelado, é o nome dos países que podem fazer parte da turnê, como Brasil, Argentina, Austrália, Dubai e Portugal.

E o nosso conselho é: OUÇA SEMPRE MADONNA, seja Hard Candy ou qualquer outro trabalho desta cantora fabulosa que marca época! Divirta-se!

Saiba agora tudo sobre este álbum que completa 10 anos de lançamento no próximo dia 3 de Março!

Ray Of Light - Tracklist:

1. Drowned World/Substitute For Love
2. Swim
3. Ray Of Light
4. Candy Perfume Girl
5. Skin
6. Nothing Really Matters
7. Sky Fits Heaven
8. Shanti/Ashtangi
9. Frozen
10. The Power Of Good-Bye
11. To Have Not To Hold
12. Little Star
13. Mer Girl
14. Has To Be (para a versão japonesa do álbum)
15. Like A Flower (não incluída)
16. Revenge (não incluída)
17. No substitute For Love (substituída por Drowned World)

Rewiew:

A amadurecida spiritual girl mostrou sua excelência incontestável numa sonoridade experimental que emanava da parceria com o mestre dos soundscapes eletrônicos, William Orbit, além de cravar a elegância de gueixas e samurais de quimonos hi-tech na galeria eterna de personagens seus que povoam o imaginário pop. Evocando as forças da natureza e levando à risca os ensinamentos milenares dos profetas. M dissipou seus fantasmas na harmonia de ambientes sônicos e se voltou para o essencial, para a singeleza do sentimento, para a família. Ray Of Light é, enfim, uma mensagem de paz.

Para contruir suas peças, Madonna contou com um amplo conjunto de técnicas espaciais, que vão do controle dos sensos de tempo e de espaço com sonoridades atmosféricas à distorção digital que metaliza a voz do nosso mito, como um sinal desvirtuado do cosmo. Tudo isso se juntou a belas metáforas, puras - como o amor que voa como um pássaro no céu ("Frozen") - ou com um quê de malícia - como um veneno mágico do perfume adocicado ("Candy Perfum Girl"). "ROL" vai à Cabala à busca da paz de espírito e do auto conhecimento, uma viagem tão profunda que ás vezes não faz srentido numa língua que não seja original do Oriente ("Shanti/Ashtangi").

As 13 obras etéreas e sublimes buscam um novo entendimento do universo, uma relação mais absoluta entre o material e o espiritual, o céu e o paraíso ("Sky Fits Heaven"). Assim, surgiram palavras de fé para abrir um novo sentido, uma outra lógica que nos purificasse das restrições que impomos a nós mesmos e assim mergulharmos no máximo do amor. Madonna ampliou a abordagem de uma crítica sociopolítica presente nos álbuns anteriores para uma sondagem mais consciente da alma humana, uma busca da nossa verdadeira identidade, uma aceitação dos nossos desejos e um exocismo das nossas culpas.

Enfim, com ROL, pudemos conhecer mais de nós mesmos, um exercício difícil que Madonna executa com maestria em relação à sua própria vida, como na análise da degradação sentimental promovida pela fama ("Drowned World/Substitute For Love"); da importância menor dos bens materiais ("Nothing Really Matters"); do desejo repirmido ("To Have And Not To Hold"); do amor que é salvação ("Skin"), mas também é deixar seguir ("The Power Of GoodBye") e da descoberta de alegria absoluta com a maternidade ("Little Star"). O álbum não deixa de lado a crítica à esquizofrenia e à efermidade da vida pós-moderna que noa aliena de nossos prazeres ("Ray Of Light") e nos torna seres embrutecidos ("Swim"). E o desejo que nos possui de correr de uma vida que não nos pertence, mas a que nós pertencemos ("MEr Girl"). Enfim, ROL sintetiza o desejo de libertação em relação à angústia de se viver num mundo de certezas voláteis.

Porém, tão lindo quanto o material que entrou no álbum foi o deixado de fora. O lirismo eletrônico de "Like A Flower" - com uma sintaxe muito parecida à de "King Of Pain" - é a lágrima que poderia ter consolidado a vertente mais introspectiva e triste do álbum numa dialética permanente com "The Power Of GoodBye", cujo conteúdo é bem parecido com a excluída - porém mais rápida - "Gone Gone Gone". As propostas distintas de "Flower" e "GoodBye" - um amor que fica e um amor que segue - poderiam pintar o retrato de uma alma atormentada, mas no álbum da paz, não havia espaço para o conflito. Madonna queria estabilidade. Talvez, por essa mesma razão, a corrosiva - porém linda - "Revenge" tenha sido deixada de lado. Mas pena mesmo foi a belíssima "No Substitute For Love" ter sido deixada de lado por "Drowned World/Substitute For Love", que, apesar das pequenas alterações na letra que lhe deram maior realismo, perdeu o tom lírico da canção excluída (uma melodia infinitamente melhor que a de "Drowned World").

Nesta semana não deixe de conferir aqui em nossa "Sessão Candy" os vídeos que marcaram época e fizeram de Ray Of Light o melhor álbum já lançcado por Madonna, ficando atrás apenas para Confessions On A Dance Floor!